Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observando os preceitos de ética, e defendendo as prerrogativas da profissão não pleiteando contra o Direito, contra os bons costumes e a segurança do País, e defendendo, com o mesmo denodo humildes e poderosos". (Art. 64 Lei n⁰ 4.215/63)

Juraste de pé como o guerreiro em luta, e de pé hás de manter-te. A advocacia é sobretudo ideal, impulso para o certo, para o justo, para o bem. Fiel à tua consciência, faze de toda questão uma causa. Na defesa, encarnas a liberdade – soberania original do povo, não transferida nem transferível ao Estado. Na acusação reprimes o crime, os ódios e a prepotência.

Cumprirás teu destino de grandeza, na medida em que aproveitares a herança de sabedoria, séculos após séculos, acumuladas por nossos antecessores. A advocacia é aprendizado que não finda. Nem te preocupes com as recompensas: elas virão ao seu tempo, como a chuva, como o sol. Não fermentes amargores de insucessos: não é tua, mas do judiciário, a palavra derradeira. Respeita o colega, sem desertar, porém, das tuas convicções. Sê modesto nas vitórias, altivo na derrota, sereno sempre, como é sereno o justo. Não sobreponhas a força à lei, nem a lei ao direito, nem o direito à justiça.

Há palavras esquecidas - conciliação, fraternidade, amor – ansiosas de concretizar-se, e que depende de ti. Ampara o inocente. Acolhe a vítima do arbítrio. Sustenta o desvalido. Serve aos pequenos. Serás grande! Advogado de humildes e poderosos, advogado da pátria, construtor do direito, sacerdote da paz – hão de abençoar-te os filhos daqueles que tu salvaste. E os filhos dos teus filhos proclamarão com orgulho, que tu foste advogado!

Confia em Deus. Não percas a esperança: mesmo que a força te cale de assaltada, sempre haverá um advogado, até a consumação dos tempos, a bradar o pregão da liberdade.

POR: Justino Vasconcelos